sexta-feira, 15 de julho de 2011

Cais do Sodré

Querido cais. Fui um dia para ir trabalhar e persisti em adorar-te até hoje.

Naqueles tempos passavam fantasmas por mim a toda a hora. Damas bem vestidas, crianças, amores perdidos, loucos, lágrimas. Conheço o Duque, o dia em que desembarcou no Cais deserto, para ali ficar até hoje cravado de pombos. As varinas, os primeiros barcos que ousaram atravessar para o outro lado. Assisti a tudo da varanda mais alta do alecrim.

As amigas que me ficaram no coração não saberão nunca o quanto as adoro. Por mais vezes que lhes diga, abrace, beije. Não vão saber nunca o quanto as adoro. São as minha queridas que não troco por nada. Fazem parte integrante desse cenário, das melhores histórias, dos dias felizes...

Agora que ando em avenidas novas. os fantasmas não andam aqui. não há almas poetas, nem loucos. não há o Duque de ar altivo nem o cheiro a rio. Que falta me fazes cais do Sodré!

Sem comentários:

Enviar um comentário